Onçafari: luta pela conservação de grandes felinos

A riqueza da vida selvagem, apesar de ameaçada por desafios como a destruição do habitat e a caça ilegal, é protegida por organizações de conservação como o Instituto Onçafari.

Este instituto, dedicado à conservação dos grandes felinos e à promoção da coexistência pacífica entre humanos e animais, é o foco desta edição especial.

A entrevista exclusiva que fizemos com Ana Silva, Leonardo e Pedro Almeida, profissionais do Instituto Onçafari, explora os desafios da conservação, com ênfase nas onças-pintadas, ícones da biodiversidade brasileira. Eles compartilham suas experiências e paixão pela proteção da vida selvagem, começando pela fala de Leonardo:

“Sou Leonardo, com um passado distante da biologia, mas há quase 11 anos, comecei minha aventura em safaris. Minha experiência é marcada pelo processo de habituação, que começou na África nos anos 70 com leopardos. Esse processo envolve a aproximação gradual de veículos a grandes felinos, criando um nicho para a observação desses animais.”

Leonardo conta como foi convidado para aplicar o processo de habituação em onças-pintadas e que, apesar dos desafios iniciais no Pantanal, eles perseveraram e alcançaram sucesso:

“Há 11 anos, Mário me convidou para tentar habituar pintados. No início, foi desafiador devido à localização e ao comportamento dos animais. Mas com o tempo, o sucesso veio. Começamos com 20 avistamentos no primeiro ano e hoje temos quase 100%. Quem visita a fazenda Caimã geralmente vê uma onça, graças a esse processo que não interfere na vida do animal. Eles nos veem como parte do bioma, e acredito que essa é a chave do nosso sucesso.”

Além disso, Ana destaca a importância econômica do turismo de observação de onças-pintadas:

“Alguns animais, infelizmente, não conseguem se reproduzir. Quando possível, trazemos o espécime para a reserva, treinamos e soltamos. Estamos construindo um novo recinto para acolher animais atropelados ou do Pantanal, como um grupo de queixadas. A parceria com vocês é crucial. Compramos a propriedade, que poderia ter sido usada para agricultura, para conservação. Dos 6 mil hectares, 7% são de conservação e temos 35 câmeras para monitorar e proteger os animais. Tudo isso ao lado do Parque Estadual do Rio Negro.”

Leonardo menciona, ainda, a construção de recintos para primatas e aves, incluindo um recinto em formato de “salsichão” para treinamento de voo em cativeiro:

“Além do monitoramento e da conservação florestal, temos uma frente de reprodução. Construímos quatro recintos para primatas e aves, projetados para treinamento de voo em cativeiro. Temos também um recinto para grandes felinos, equipado com cerca elétrica e um açude. Há ainda um recinto menor, específico para receber animais apreendidos pela Polícia Ambiental. Como estamos cadastrados no Mato Grosso do Sul como área de soltura, esses animais são trazidos para nós e soltos aqui.”

Por sua vez, Ana afirma a existência posterior aos processos iniciais, como os cuidados com o crescimento do animal, a reprodução e como as pessoas podem ajudar o instituto:

“Animais habituados e em reprodução ficam conosco. Atualmente, temos o Chico, um filhote resgatado que logo será solto. Oferecemos apadrinhamento das onças, uma importante fonte de receita. As onças são selvagens, não domesticadas, e monitoramos seus movimentos com colares de satélite VHF. Apesar do colar cair após um tempo, continuamos enviando informações. O colar nos ajuda a entender o comportamento do animal e é leve o suficiente para não incomodar a onça.”

Contudo, ainda que monitoradas, as onças passam por diversas provações, como as atividades irregulares que um país com dimensões continentais como o Brasil tem:

“O monitoramento é eficaz. Se vemos um aglomerado de pontos indicando que a onça está em um local por um longo período, inferimos que ela está se alimentando. Isso difere de um período de descanso. Se há uma concentração de pontos por cerca de oito horas no mesmo local, sabemos que o animal está ali. Isso pode indicar uma toca de fêmea com filhotes ou que a onça caçou. Comparamos o comportamento de animais introduzidos com animais de vida livre. Se o animal está se movendo constantemente, sem descanso, sabemos que está em busca de território e provavelmente não está se alimentando adequadamente, o que resultará em perda de peso. Nesses casos, precisamos intervir. Já houve relatos de onças que passaram mais de 22 dias sem se alimentar.”

Desta forma, vê-se a importância dos cuidados com os animais, e de como cada espécie resulta em uma série de pesquisas:

“A liberação dos animais é um momento crítico, com adaptações importantes ocorrendo inicialmente. O colar de monitoramento é vital, permitindo o resgate e localização dos animais se necessário. A liberação sem monitoramento adequado, prática comum há décadas, não tem eficácia comprovada. O colar é essencial para acompanhar os animais após a liberação. Apesar de críticas, é crucial entender a finalidade do colar. O monitoramento é vital para o bem-estar animal e para o ecossistema. Ao resolver um caso animal, ajudamos a minimizar os problemas enfrentados pelas espécies. Nosso objetivo é criar ferramentas replicáveis para situações semelhantes.”

O que faz toda a diferença, portanto, é a importância do Instituto Onçafari, e suas respectivas parcerias, como a que tem conosco:

“No Onçafari, temos centros de reprodução em vários locais, incluindo a Amazônia, onde Shaman, uma onça pintada, está em avançado processo de reintrodução. Apesar de já caçar presas vivas, esperamos mais para soltá-lo, garantindo seu desenvolvimento adequado. Seguimos a regra de não soltar animais com menos de 2 anos. Shaman será solto na Amazônia, onde enfrentará desafios e se adaptará ao ambiente. Temos um centro com 17 onças em processo de reintrodução. A adoção de onças por empresas, como a Farm, é um importante apoio financeiro. Continuamos trabalhando para expandir nossos esforços de reintrodução e conservação.”

Por sua vez, Lilian Rampim, bióloga no Onçafari desde 2012, traz sua expertise para a entrevista, compartilhando sua vasta experiência e conhecimento sobre a conservação da vida selvagem:

“Minha apresentação começa com uma onça especial que monitoramos há muito tempo. O Onçafari, onde trabalho há 11 anos, é uma ONG com 12 anos de experiência. O nome ‘Onçafari’ combina ‘onça pintada’ e ‘safari’. Como bióloga, trabalhei em zoológicos e centros de resgate antes do Onçafari. Me apaixonei pelo trabalho e pela missão da organização. O Pantanal me cativou tanto que se tornou meu lar permanente.”

Lilian destaca as ameaças enfrentadas pelas onças pintadas ao longo do tempo, com ênfase nas mudanças ocorridas nas últimas décadas:

“A onça pintada, que já enfrentou a ameaça do comércio de peles na década de 70, agora luta contra a perda de território e habitat. A necessidade de território, presas e recursos hídricos é crucial para sua sobrevivência. O desmatamento, principalmente para monocultura, restringe seu habitat, forçando-as a viver em fragmentos de floresta e áreas protegidas. Desmatamento e incêndios florestais são desafios contínuos para as populações de onças pintadas.”

Além disso, Lilian expressa sua preocupação com a situação urgente de combate a incêndios na região:

“Cheguei atrasada à reunião devido a um incêndio urgente na região. O aquecimento global, aumentando as temperaturas, torna áreas desmatadas propensas a incêndios. Infelizmente, onças frequentemente não conseguem escapar a tempo. Atropelamentos e perda de habitat também afetam as populações de onças. A expansão de monoculturas e estradas são obstáculos para sua sobrevivência. Esses problemas são causados principalmente pela ação humana. Precisamos considerar nosso impacto na fauna e economia. A pecuária é importante, mas pode resultar em conflitos com onças. É crucial equilibrar desenvolvimento econômico e conservação da vida selvagem.”

Contudo, ela ressalta que, enquanto as presas silvestres têm um comportamento natural de fugir e se proteger dos humanos, os bezerros, que não foram treinados para reconhecer as onças como perigo, têm menor capacidade de se defender, gerando um ciclo complicado de ser quebrado:

“Quando o gado chega ao Pantanal, torna-se parte da dieta da onça. Presas selvagens, como jacarés, capivaras e veados, têm um comportamento natural de fuga e defesa. No entanto, bezerros sem contato prévio com onças têm menor capacidade de defesa. Isso cria um ciclo onde a onça se alimenta dos bezerros e é perseguida pelo pecuarista, gerando conflito entre a conservação da onça-pintada e a pecuária. É crucial encontrar soluções para a coexistência harmoniosa entre a vida selvagem e a economia local.”

O Onçafari tem trabalhado incansavelmente ao longo dos anos para promover essa mudança de mentalidade, como Lilian destaca:

“A onça não mata o gado por maldade, mas por ser uma fonte de alimento. Quando uma onça mata um bezerro, ela pode se alimentar da carcaça por até cinco noites, economizando energia. No entanto, isso representa uma perda para o pecuarista. Há 12 anos, o Onçafari surgiu para mostrar que a onça vale mais viva do que morta, através do ecoturismo. A ideia é conservar as onças e permitir que os visitantes as vejam em seu habitat natural. Isso beneficia as onças e os pecuaristas, que podem diversificar suas fontes de renda. O Onçafari tem trabalhado para promover essa mudança de mentalidade, mostrando que a conservação da onça-pintada pode ser lucrativa e benéfica para todos. O ecoturismo permite equilibrar a preservação da vida selvagem e o desenvolvimento econômico, garantindo um futuro sustentável para as onças-pintadas e as comunidades locais.”

Além disso, Lilian destaca como essa abordagem, por meio do Onçafari e das parcerias conosco:

“A proposta é valorizar a onça-pintada viva através do ecoturismo, evitando que cenas de onças se alimentando de bezerros sejam vistas negativamente. Muitos estão dispostos a pagar para observar esses animais em seu habitat natural, impulsionando a economia local. A presença de gado influencia o comportamento de caça das onças e seu excesso pode prejudicá-las, alterando seu comportamento natural. Isso pode ter impactos negativos na cadeia alimentar e na dinâmica das populações de onças. Promovendo o ecoturismo e reduzindo a presença excessiva de gado, podemos ajudar a modificar o comportamento das onças, permitindo que expressem seus comportamentos naturais e mantenham um equilíbrio saudável com o ecossistema. Essa mudança de perspectiva é fundamental para a sobrevivência das onças-pintadas e a preservação de seu habitat.”

Por isso, Lilian comenta que a presença do gado tem um impacto significativo no comportamento de caça das onças-pintadas:

“A onça-pintada desempenha um papel importante no controle da biomassa, regulando populações de presas para evitar a degradação do ambiente. No entanto, a presença de gado pode alterar esse equilíbrio. A distribuição da onça-pintada, originalmente desde os EUA até a Argentina, agora abrange apenas 50% da área esperada no Brasil, devido ao desmatamento, incêndios e perda de território. Com metade da população mundial de onças-pintadas no Brasil, temos uma grande responsabilidade. A onça-pintada está extinta no sul do país e as populações na Mata Atlântica estão isoladas, levando à endogamia. A falta de corredores ecológicos impede a variabilidade genética, representando um desafio para a sobrevivência dessas populações. É crucial abordar essa questão nacionalmente, pois a soltura de onças em áreas como a Mata Atlântica não resolveria o problema. Precisamos de um conhecimento aprofundado para melhorar a situação da onça-pintada e do ambiente como um todo. A reprodução entre parentes próximos tem consequências negativas que precisam ser minimizadas.”

Esse comportamento de habituação é transmitido de geração em geração, e a onça começou a ensinar seus filhotes que aquele carro não era uma ameaça:

“Os grandes felinos estavam prejudicando a população de gado e ovelhas. O proprietário, percebendo a visita frequente de uma leopardo fêmea, decidiu habituá-la à sua presença. Com o tempo, a leopardo começou a perceber que o carro não era uma ameaça. Esse comportamento de habituação é passado de geração em geração. O proprietário decidiu construir um hotel de luxo, oferecendo aos visitantes a oportunidade de vivenciar a liberdade dos leopardos. Com essa mudança, ele ganhou mais dinheiro com o ecoturismo do que com a criação de gado. Hoje, cada área amarela no mapa representa um lote diferente. As cercas foram derrubadas, permitindo que os animais circulem livremente. Ter leopardos, leões e guepardos em suas propriedades agora é um sinal de sucesso. A economia da região se fortaleceu, os animais estão protegidos e há uma rede de empregos especializados. A cultura local também se beneficiou. Infelizmente, a única tristeza é que não podemos ter cachorros, essas maravilhosas espécies que são nossos guardiões há séculos.”

Outra questão abordada por Lilian é que encontrar as onças-pintadas era um desafio:

“Já tínhamos uma estrutura na Caimã para o ecoturismo e projetos de conservação. O desafio era encontrar as onças-pintadas, mestres da camuflagem. Em 2015, recebemos aplicativos de rastreamento que nos ajudaram a entender seus movimentos. Nunca habituamos onças sem primeiro procurar suas pegadas. A busca é feita no chão e no alto, observando os urubus. Seguimos as pegadas com o apoio de veículos durante a habituação.”

Lilian também compartilhou detalhes sobre o cuidadoso processo de habituação das onças-pintadas à presença do carro:

“Para habituar as onças à presença do carro, seguimos um processo cuidadoso. Começamos ligando o motor do carro, sem nos aproximar, observando a reação da onça. Com o tempo, as onças foram se habituando à presença do carro. Usamos câmeras-trap para capturar vídeos quando algo passa por elas, fornecendo informações sobre o comportamento das onças. Cada onça possui um padrão único de rosetas, permitindo sua identificação. As câmeras também nos proporcionam momentos incríveis, como o vídeo de uma anta caminhando e farejando a presença de uma onça. Após um mês, retornamos aos locais onde as câmeras foram instaladas para trocar as baterias e os cartões de memória. Nossa equipe realiza a triagem das imagens, identificando quais são onças. As câmeras-trap são uma ferramenta fundamental em nosso trabalho de pesquisa e monitoramento das onças-pintadas. O colar de GPS, apesar de caro, traz muitos benefícios. Ele manda pontos para a gente de dia e de noite, coleta informações importantes, avisa quando a onça não está se mexendo, dá a temperatura, o padrão de atividade, é à prova d’água. O colar de GPS VHF pesa uma média de 60 a 70 gramas, menos de 1 kg, e as onças daqui são as maiores do mundo. A relação de proporção de peso não faz o colar ser uma carga muito pesada para o animal.”

Ela também destaca:

            “Chamamos carinhosamente a ‘Menina do Colar’. O colar de rádio VHF que ela usa nos fornece muitas informações valiosas. Descobrimos mais de sete tocas, todas diferentes. Não interferimos nos filhotes para evitar a rejeição da mãe. Quando você tem uma onça residente na propriedade, como a Esperança, você tem gerações nascendo habituadas. Os trigêmeos, Savana, Gaia e Salviano, cresceram e seguiram seus próprios caminhos. Gaia permaneceu aqui na Caimã, sob nosso monitoramento, enquanto Savana e Salviano migraram. As onças, quando têm filhotes, naturalmente passam por um processo de êxodo em busca de novos territórios. O colar cai após dois anos, mas temos a opção de usar um dispositivo extra chamado Drop Box ou Hidro Drop. No entanto, devido ao alto índice de recaptura, não estamos mais utilizando o Drop Box. Quando um colar de algum animal está acabando, precisamos fazer uma nova captura. O colar é uma ferramenta valiosa, mas também cara, custando cerca de R$ 5000,00.”

Por sua vez, Lilian destacou a importância do colar de rádio VHF que a onça-pintada usa, fornecendo valiosas informações:

            “As pessoas estão cada vez mais dispostas a pagar para ver animais na natureza, buscando experiências autênticas. Aqui, a emoção de ver uma onça-pintada de perto é única. A confiança entre nós e as onças é incrível. Elas veem nosso carro como um símbolo de confiança. As mães frequentemente criam seus filhotes perto de nós. Testemunhar momentos como uma onça deitada de barriga para cima, enquanto seu filhote brinca ao lado, é emocionante. Essa relação de confiança só pode ser realmente compreendida estando aqui.”

O turismo na Caimã se tornou uma experiência única, onde as pessoas pagam para ter a oportunidade de ver as onças-pintadas de perto:

            “O turismo na Caimã oferece uma experiência única de ver onças-pintadas de perto, com zoológicos e criadouros perdendo espaço para a natureza selvagem. A confiança estabelecida com as onças é incrível, refletida no aumento dos avistamentos ao longo dos anos. Estamos trabalhando na habituação de outras espécies, como o lobo-guará e a jaguatirica. Nossa equipe de biólogos e veterinários está comprometida em produzir dados científicos. Um exemplo é o Sombra, uma onça-pintada que patrulha a mesma região ao longo do tempo. Realizamos campanhas de captura anuais, com armadilhas equipadas para garantir a segurança dos animais. Após a captura, realizamos procedimentos para avaliar a saúde do animal. Se um animal adulto passa a maior parte do tempo em nossa área, ele recebe um colar de monitoramento. A ciência está presente em todas as etapas do nosso trabalho.”

Além de tudo isso, a frente da ciência desempenha um papel crucial no trabalho da equipe, monitorando e analisando dados científicos:

            “A ciência é crucial em nosso trabalho, com uma pessoa responsável por monitorar e analisar todos os dados científicos. Realizamos pesquisas, publicamos artigos e buscamos levar o conhecimento científico ao público. Trabalhamos em ações sociais, mostrando que o ecoturismo pode trazer benefícios econômicos e sociais. Estamos envolvidos em projetos de reintrodução de animais órfãos, como as onças Exiga e Fera. A ciência é fundamental em todas as etapas do nosso trabalho. O Forte, relacionado à aquisição de terras de alto valor de biodiversidade, transforma áreas vulneráveis em áreas valiosas para a preservação da natureza. Adquirimos terras, criamos corredores ecológicos e garantimos um ambiente seguro para os animais. O Forte também trabalha com créditos de carbono, biodiversidade e ecoturismo. Nosso objetivo é manter as florestas em pé e garantir um equilíbrio ecológico saudável. Estamos comprometidos em preservar biomas e espécies, trazendo desenvolvimento social para as comunidades locais. Com uma equipe dedicada, estamos expandindo nossos projetos para diferentes biomas e espécies.”

Para concluir, Lilian compartilha informações sobre os parceiros que apoiam sua missão, as formas de contribuição disponíveis e o orgulho que sente pelo trabalho realizado:

            “Temos vários parceiros que nos apoiam fornecendo equipamentos, recursos financeiros ou ajudando na divulgação. Qualquer pessoa pode contribuir de acordo com suas possibilidades. Agradecemos a todos que nos apoiam. Nossa equipe é apaixonada e dedicada. Quanto à mudança de comportamento das onças e da população regional em relação ao safari, temos material e informações que podem ser usados para pesquisas futuras. Coletamos dados sobre a distância entre os carros e as onças avistadas, mostrando um respeito maior pela presença das onças.”

Nesta entrevista, tivemos o privilégio de conhecer melhor o Instituto Onçafari, que nos cativou com sua dedicação e paixão pelo trabalho de conservação das onças-pintadas. Através de suas ações inovadoras e programas de educação, eles estão fazendo a diferença na proteção desses magníficos felinos e na conscientização da importância da convivência harmoniosa entre humanos e animais.